quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Territorialidade e Saúde: Desigualdades Raciais em Contextos Locais e Globais









03, 04 e 05 de Setembro
 

O território tem sido foco de estudos e objeto de investigação por diferentes setores do conhecimento. Antropologia, ciências sociais, história, saúde, geografia, enfim, diversos saberes sociais e humanos aprofundam a importância deste tema para traçar panoramas de gestão pública, gerenciamento governamental, acesso a cidadania e garantias de direitos a diferentes seguimentos da sociedade. No mesmo sentido, a saúde, em seu sistema de garantias sociais cada vez mais estrutura-se conforme o contexto territorial de sua área de abrangência física, geográfica e espacial. As políticas públicas e sua formulação, formas de gestão social, avaliação de planejamentos de ações setoriais em saúde, dentre outras emergências, inscrevem-se como válidas a partir do registro considerativo sobre o território. No mesmo sentido, o território, possui características e peculiaridades que comportam identidades, culturas, formas de sociabilidades, expressões e manifestações sociais, coletivas e individuais e singulares. Assim sendo, discutir saúde atrelada a condição de pensar e refletir sobre a territorialidade (base inclusive das politicas do SUS e posteriormente com as diretrizes do MDS, quando propõe a criação do SUAS, CREAS e do CRAS) é de fundamental importância para o contexto brasileiro e também para o contexto mundial, o qual a partir das relações entre local e global, organizam culturas e formas de direcionamentos políticos e tecno-científico. O evento internacional no cenário brasileiro amplia a importância da consideração étnica e racial em saúde, na medida em que a população de nosso país é também majoritariamente afrodescendente (negra). Este evento em sua proposição vem preencher uma grande lacuna na Agenda de Prioridades de Pesquisa em Saúde no Brasil: a urgência de aprofundar estudos e pesquisas sobre a epidemiologia da violência inerente à história das populações negras e indígenas no Brasil e no Mundo, aliando os estudos contemporâneos em saúde e suas interdisciplinariedades através da aglutinação de pesquisadores, sociedade civil e articuladores políticos com o fim de promover o fortalecimento dos atores sociais na afirmação da cidadania e a evolução do contexto brasileiro e diversidade internacional.

 

  1. Objetivos:

1 – Contribuir para a implementação do Programa Nacional de Saúde Integral da População Negra (instituído em  31/05/09);

2 – Garantir e ampliar o acesso da população negra residente em áreas urbanas, no campo e na floresta às ações e serviços em saúde;

3 – Incluir o tema étnico-racial nos processos de formação e educação permanentes dos trabalhadores da saúde e no exercício do controle social;

4 – Identificar, combater e prevenir ações e situações de abuso, privação e violência da população negra;

5 – Favorecer a compreensão do território enquanto garantidor de ações epidemiológicas que favoreçam o contingente brasileiro em sua magnitude (a população negra);

6- Fornecer visibilidade no âmbito acadêmico da importância do debate sobre desigualdades raciais em políticas públicas brasileiras em saúde e educação mediadas por experiências locais e globais

7 – Considerar a territorialidade negra (o Estado da Bahia enquanto maior contingente populacional negro no Brasil) como campo empírico das ações que vem sendo realizadas em diálogo profícuo com o cenário nacional e internacional;

            8 - Conquistar e ajudar a promover maior solidez a uma rede de pesquisadores no campo da saúde e educação em torno de ações e reflexões que vão de encontro à            necessidade da população brasileira em sua magnitude, considerando nesta proposição a        saúde integral da população negra, enquanto base prioritária da agenda nacional de        pesquisa em saúde no Recôncavo da Bahia.

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